quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Brasil: Qualidade da Educação, Resistência e Participação Juvenil estiveram em debate na IX Mostra do CRIA

Nos dias 15,16 e 17 de Outubro aconteceu a IX Mostra A Cidade CRIA Cenários de Cidadania em Salvador. Este ano de 2015 com uma novidade, as Rodas de Conversa. 
À noite ocorreram as apresentações, com os espetáculos Quem me Ensinou a Nadar?, Pra lá de Tempo e um grupo convidado o Novos Novos com o espetáculo Diferentes Iguais.
As Rodas de Conversa foram uma feliz novidade neste nono ano da Mostra, com temas importantes para o CRIA: A Qualidade da Educação Pública como um Direito; Identidade Cultural como Elemento de Resistência; Participação Juvenil e Articulação Comunitária.

Patrícia Moscozo, Educadora do CRIA, relatou como espectadora a primeira Roda de Conversa “Achei muito interessante, houve participação maciça dos jovens, as perguntas que os jovens fizeram das falas foram de bastante qualidade, perguntas pertinentes e que acabou aprofundando e levando o debate para uma discussão muito legal.”

Esta primeira Roda que teve como tema A Qualidade da Educação Pública como um Direito, contou com a presença na mesa da  ACEP- Associação para a Cooperação entre os Povos/Rede Vozes de Nós, na presença de Fátima Proença; a  Campanha  Nacional pelo Direito a Educação de Qualidade com  Maria  Célia Giudicci; a Cipó /Rio Vermelho Bairro Escola,  na figura de Fernanda Colaço e Josué Leite; o Instituto Inspirare representado por Daniela Silva; a Secretaria Estadual de Educação  com  Rowenna Brito/ Coordenadora de Educação Integral e a  Professora Camile Viana Escola Municipal Senhora Santana, o Educando  Walisson Santos. Cada um com seu olhar e ponto de vista, falando sobre o sistema educacional atual, gerando anseios nos presentes e instigando a se perguntarem como é a escola que temos e como ela deveria ser.

Fátima Proença (ACEP), Maria Célia Delgado (Campanha Nacional Pelo Direito a Educação de Qualidade),
Camile Viana (Professora), Josué Leite (Cipó Bairro Escola)

Fernanda Silva Arte Educadora do CRIA falou como foi para ela esta Roda: “Foi muito especial pra mim ocupar esses dois espaços: como arte educadora e como aluna, lembrar de todo o meu processo até chegar aqui, ter sido professora na escola pública Manoel Novais onde eu fui aluna. Minha necessidade é analisar como eu fui como aluna para estar como arte educadora hoje e saber o que eu não quero passar como professora para meus alunos”. Durante a Roda, houve também um momento simbólico, a entrega do PNE – Plano Nacional de Educação, tanto para os educadores quanto para os jovens que se pronunciaram e falaram do interesse em se tornarem professores mesmo diante da situação atual da educação.


Entrega do Plano Nacional de Educação 

Depois dessa tarde de provocações sobre a educação a programação da IX Mostra seguiu com os espetáculos e com outras temáticas abordadas nas Rodas: a história dos Filhos de Gandhy, do Ilê Aiyê, a questão religiosidade versus religião, empoderamento, gênero... foram temas que trouxeram para pauta um debate rico, que geraram reflexões como esta do Diretor do Ilê Aiyê, Edmilson Lopes, no segundo dia de Roda,  com tema Identidade Cultural como Elemento de Resistência  “O que eu aprendi, só vai fazer efeito quando eu fizer multiplicar”.

Edmilson Lopes (Diretor do Ilê Aiyê)

No último dia a Roda com o tema: Participação Juvenil e Articulação Comunitária, os convidados contextualizaram as suas histórias de acordo com o tema, contaram as suas experiências no CRIA e com o CRIA, os trabalhos que são desenvolvidos nas suas comunidades e também aqueles que passaram pelo projeto Formação de Jovens Dinamizadores Culturais, trouxeram a sua bagagem, a aplicabilidade dos aprendizados e as dificuldades encontradas, gerando assim pauta para o debate entre todos os presentes.

Natan Silva (Dinamizador Cultural e Diretor do Grupo Olhar da Juventude),
William Cardos (Dinamizador e Diretor do Grupo teatral Novos Arteiros)
Eugênio Lima (Arte Educador e Coordenador geral da BUMBA- Escola de Formação Artística),
Uiara Gonçalves (Dinamizadora e Diretora do Grupo Olhar da Juventude)

Não acabou aí, após cada maratona de temas e reflexões teve casa cheia no teatro todos os dias com a presença expressiva do público, trazendo emoção e beleza, despertando o interesse pelos debates ao final das apresentações, com a interação do público com o elenco e convidados.


Grupo Chama Gente
Grupo Iyá de Erê


Tássia Batista
Resp. Comunicação do CRIA 

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